O
princípio segundo o qual o homem não passa de um depositário da fortuna que
Deus lhe permite gozar durante sua vida tira-lhe o direito de transmitir-la a
seus descendentes?
O
homem pode perfeitamente transmitir, quando desencarna, os bens de que gozou
durante a sua vida, pois o efeito desse direito está subordinado sempre à
vontade de Deus, que pode, quando quiser, impedir seus descendentes de
desfrutar deles; é assim que se vê desmoronarem fortunas que pareciam
solidamente estabelecidas. Portanto, o homem é impotente na sua vontade,
julgando que pode manter a sua fortuna em sua linha descendência, mas isso não
lhe tira o direito de transmitir o, empréstimo que recebeu, uma vez que Deus o
retirará quando achar conveniente.
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