Amai
aos vossos inimigos; fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por que eles que
vos perseguem e vos caluniam; pois, se amais apenas àqueles que vos amam, que
recompensa tereis? Os publicanos também não fazem isso? E se apenas saudardes
vossos irmãos, o que fazeis mais que os outros? Os pagãos não fazem o mesmo?
Sede, pois perfeitos, como o vosso Pai Celestial é perfeito. (Mateus; 5: 46 a
48).
De
fato, se observarmos as conseqüências de todos os vícios e até mesmo dos pequenos
defeitos, reconhecemos que não há nenhum que não altere de alguma forma, um
pouco mais, um, pouco menos, o sentimento de caridade porque todos têm o seu
princípio no egoísmo e no orgulho, que são sua negação; visto que o que
estimula exageradamente o sentimento da personalidade destrói, ou pelo menos
enfraquece os princípios da verdadeira caridade, que são a benevolência, a
indulgência, a abnegação e o devotamento. O amor ao próximo, levado até o amar
aos inimigos, não podendo se aliar a nenhum defeito contrário à caridade é por
isso mesmo, sempre o indício de uma maior ou menor superioridade moral; de onde
resulta que o grau de perfeição se dá em razão da extensão desse amor. Eis
porque Jesus, após ter dado a seus discípulos as regras da caridade, no que ela
tem de mais sublime, disse: Sede, pois, perfeitos, como vosso Pai Celestial é
perfeito.
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