segunda-feira, 22 de junho de 2015

RAIOS



  • O raio é uma faísca de grandes proporções. Se parte de uma nuvem para outra, não causa mal algum, mas se desce de uma nuvem para a terra, pode ser muito perigoso. Caindo sobre uma casa ou árvore, pode atear-lhes fogo. O raio mais comum é sinuoso, em ziguezague. Nas noites de verão, vêem-se às vezes, bem próximo ao horizonte, relâmpagos difusos, sem contornos definidos, que são na realidade o clarão de raios  cintilando atrás do horizonte. Outro tipo se apresenta com o aspecto de uma bola de fogo, que rola até explodir e desaparecer, sem jamais causar danos. Essa espécie de raio não é comum, raros são os que já o viram.
  • A fotografia de um raio é sempre objeto de admiração. Eis a maneira de realiza-la: em noite tempestuosa, apoie a máquina no peitoril de uma janela voltada  para o lado da tormenta, e deixe a objetiva aberta em pose. Após o primeiro relâmpago, feche a objetiva.
  • É o raio que provoca o trovão. Muitas crianças têm medo desses estrondos surdos  ou estrepitosos, mas é um medo sem razão, porque os trovões não são perigosos. Se se ouve depois de um relâmpago, pode-se estar certo de que aquela descarga, pelo menos, não fará mal algum, pois o som do trovão nos chega sempre depois que o raio clareou o céu.
  • O tempo que decorre entre o relâmpago e o trovão depende da distância a que se produziu o raio. Sendo enorme a velocidade da luz - 300 quilômetros por segundo - vemos a centelha quase no mesmo instante em que se produz. O som, porém, viaja muito mais lentamente: 340 metros por segundo. São-lhe precisos 3 segundos para percorrer um quilômetro. Assim se o ruído do trovão só é ouvido 3 segundos depois do brilho do raio, é que este se deu mais de 1000 metros. Se o intervalo é de 6  segundos, é que o raio ocorreu a mais de 2000 metros, e assim por diante.
  • Antigamente, o homens inventaram todo tipo de história para explicar os relâmpagos; a maioria deles atribuía a um deus  em cólera, lançando raios de fogo contra a Terra, e o trovão seria o ruído que eles faziam ao cair.
  • Foi Benjamin Franklin quem descobriu que o raio não passa de uma grande centelha elétrica. Hoje sabemos que as minúsculas gotas de água das nuvens se carregam de eletricidade ao se deslocarem através da atmosfera. Quando a carga é suficiente, uma centelha se produz na nuvem e atravessa o ar, aquecendo-o à passagem. O ar aquecido se dilata e precipita para o exterior, como se tivesse havido uma explosão. A onda sonora assim se desencadeada chega até nós como o trovão.
  • Hoje todos os edifícios e construções de certa altura são providos de para-raios, que os protegem de qualquer dano que possam provocar. Existem também laboratórios com aparelhos que produzem raios artificiais, onde especialistas estudam melhores meios de proteção do homem e dos edifícios contra as descargas elétricas da atmosfera. Se formos apanhados por uma tempestade num local sem proteção, não devemos abrigar-nos embaixo de árvores ou em lugares altos, mas sim nas partes mais planas e de baixa vegetação, onde os raios dificilmente caem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário