quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O ATROPELAMENTO COVARDE.

Olá, sou morador da cidade de Feira de Santana e outro dia, estava andando na avenida Getulio Vargas e presenciei algo que jamais gostaria de ter assistido.
Um carro vermelho via trafegando a avenida e covardemente não esperou que um pobre cachorrinho atravessasse a avenida e o atropelou e nem sequer esperou ou parou para dar socorro e os demais teriam passado por cima dele sem o menor remorso. Para que eu conseguisse fazer o resgate, tive que dar um berro violento para o condutor de um gol prata e praticamente o ameaçando de parar o veículo.
O mais aterrorizador é que com o cachorro nos meus braços, não consegui atendimento do controle de zoonoses de Feira de Santana, pois os folgados estavam curtindo o feriado prolongado de dis de novembro e só poderiam efetuar qualquer ajuda, na quarta-feira; ou seja, até lá o pobre animal ficaria a mercê da própria sorte. Procurei ajuda na clínica veterinária que se encontra situada na av. Getulio Vargas, nº 1442 e para o meu espanto, descobri que  os mesmos não poderiam fazer nada pois a vaterinária estava viajando e com isso não deixou ninguém para casos de emergência, tentei até o corpo de bombeiros e novamente fui ignorado.
O cachorrinho praticamente morreu em meus braços, sem que eu nada pudesse fazer, foi a pior sensação que já senti na vida, a impotência em não poder ajudar, a revolta com o descaso dos órgãos que deveriam prestar ajuda à cidade e a revolta de ver que a vida de um animal vale menos que nada. A única coisa que pude fazer  foi procurar no jardim central da avenida um lugar que tivesse sombra e fosse o mais confortável possível para o pobre animal e ficar com ele até o seu último suspiro.
O último olhar que ele me deu, foi de rachar o coração, uma mistura de agonia, súplica e pode parecer loucura, de agradecimento; voltei para casa e chorei pelo pobre animal, que tinha uma coleira, indicando que era de alguém e esta pessoa estaria sofrendo com a ausência do seu melhor amigo.
Espero que a mulher que estava dirigindo o Renout Vermelho, leia esta matéria e sinta que foi uma assassina fria e calculista e que a vida de um animal, vale o mesmo ou mais do a de um humano.
Fica este relato para todos nós refletirmos o nosso papel na terra e como agimos com os seres à nossa volta.
Um abraço do amigo.

Paulo Costa